Pesquisa da HSD com 5.000 executivos mostra que uma parte deles trapaceia, rouba ou assedia funcionários; veja como conter essa praga na sua empresa
Acredite: dois em cada dez executivos trapaceia ou faz coisa pior. Esta é a conclusão de uma pesquisa da consultoria HSD com 135 empresas da América, Ásia e Europa. O estudo revelou que 20% dos 5.000 líderes avaliados apresentam algum desvio de conduta.
Dentre os gestores que saíam da linha, 100% omitiam erros – o que pode acontecer por meio de maquiagem de relatórios gerenciais e falta de transparência na condução dos processos. Outros 28% tinham problemas de “autoimagem inflamada”. É o famoso ego inflado, que faz com que a pessoa se atribua um poder e uma importância maior que os devidos e que pode ocasionar o desrespeito de regras e de funções.
Vinte e cinco por cento deles ainda apresentavam desvio de caráter em relação a valores financeiros. Em bom português, roubavam, seja pelo desvio de dinheiro, mercadorias e apropriação indevida de valores; 13% apresentavam desvios de caráter por baixa autoconfiança – tendência a manipular processos para interesse próprio, centralizar funções sem delegar e não interagir com seus pares; 8% tinham indícios de desvio de caráter por frágil estrutura emocional – pode levar a uma grande dependência da equipe e a “ficar em cima do muro” em muitas situações; e 4% tinham sinais de desvio do comportamento sexual – propensão a assédio moral e sexual.
Além disso, outros 22% eram propensos à dissimulação, mentira e intriga.
O risco para empresas que empregam pessoas com desvio de comportamento vai além do prejuízo financeiro. Além de dinheiro, a companhia pode perder talentos devido ao ambiente de trabalho pesado que pode se formar.
“Ainda há o prejuízo institucional, da marca. Por esse motivo, poucas empresas divulgam o motivo da saída de seus executivo quando há algum caso de desvio, principalmente se a empresa for de capital aberto”, ressalta a presidente da consultoria HSD, Susana Falchi.
Para evitar cair nessa armadilha, as corporações podem adotar uma série de medidas. Veja algumas delas:
Mapear o perfil comportamental dos colaboradores
Entraria aí não só a observação das atitudes, mas também da personalidade do funcionário. Segundo Susana, esse mapeamento pode ser feito por meio de testes como a grafologia, uma especialidade da psicologia que revela a estrutura de comportamento de uma pessoa através de sua grafia.
Fonte: Site Portal RH