Parte 2
Trabalhar a Liderança é trabalhar principalmente o autoconhecimento. É trabalhar os “ganchos emocionais” que nos prendem a respostas repetitivas, que nos denunciam pela forte e rápida reação a situações já conhecidas. Depois de alguns anos de vida, já nos é possível prever a reação das pessoas, ou melhor, a maior parte da população. E sabem por quê? Porque as pessoas não buscam o autoconhecimento e tornam-se previsíveis.
Neste momento, em particular, acabei de ler o livro: “A Fascinante Construção do Eu” do Augusto Cury. E, em um dos subtítulos do livro, achei interessante a forma clara como ele expõe o tema do autoconhecimento e gostaria de dividir aqui com vocês. No texto ele fala da primeira etapa que é o processo de interiorização.
“Interiorizar-se é voltar-se para dentro de si. É percorrer as ruas e avenidas do próprio ser. A maioria das pessoas fica na superfície do seu psiquismo porque não treina se interiorizar. Não entra em camadas mais profundas e, quando entra, sofre por antecipação, resgata culpas, se angustia com um pessimismo. É vítima de uma introspecção mórbida. Isso não é se interiorizar, é se punir.
Interiorizar-se é uma habilidade que, se o Eu desenvolver, circulará com mais desenvoltura no escuro da memória e garimpará com mais eficiência e rapidez as experiências mais nobres que possui. Todos temos um rico estoque de experiências espalhadas por grandes áreas do córtex cerebral, mas não as acessamos nos focos de tensão. Repetimos os mesmos erros como se nunca tivéssemos passado por dificuldades.
Se o Eu fosse educado com a capacidade de se interiorizar como instrumento de navegação para circular na cidade da memória, seria possível desenvolver um raciocínio muito mais brilhante do que normalmente se tem.
Grande parte das pessoas que apresentam comportamentos arrogantes, reativos, compulsivos, ansiosos tem aporte de experiências para desenvolver raciocínios surpreendentes. Por que não desenvolvem? Por que seu Eu é um péssimo navegante das águas psíquicas, não sabe se interiorizar. É um especialista em se exteriorizar.
O Eu com esta especialidade, como comentei, se vicia em determinados circuitos cerebrais e age instintiva e estupidamente. É fundamental que o Eu, se quiser desenvolver a autoconsciência, use sistematicamente a técnica “ser fiel a si mesmo”, caso contrário, será escravo desses circuitos cerebrais viciosos. Como se realiza essa técnica?
Primeiro, superando a ditadura da resposta: não reagir impulsivamente, rebater, contradizer, dar o troco. Usar a barreira da consciência virtual para se proteger. Segundo, consultando-se fazendo um stop introspectivo, mergulhando dentro de si para encontrar respostas inteligentes. Terceiro, nesta caminhada interior, bombardear-se com a arte da pergunta. Deveria ser feito o máximo de perguntas em um curto espaço de segundos; Quem sou? Quem o outro é? Por que estou comprando a sua ofensa? Quais são as experiências que eu tenho? Que alternativas possuo?As perguntas, como vimos, ajudam no processo de se interiorizar e abrir as janelas da memória.
Não é o tamanho da memória ou a genialidade genética que determinará a eficiência da sua utilização, mas a maneira como o Eu se interioriza e explora as memórias.”
Patrícia Ventura
Tags: liderança persuasão curriculum curriculo cv curriculum vitae dicas recolocação recursos humanos rh vagas empregos entrevistas carreira idiomas formação acadêmica objetivo profissional recrutamento e seleção Mercado de Trabalho Profissionais Experientes