Liderança Sistêmica – O Desafio das Organizações – Parte II

Liderança Sistêmica – O Desafio das Organizações – Parte II

Alguns princípios caracterizam o pensamento sistêmico e tomam o lugar da metáfora mecanicista na concepção das organizações. São eles:

1. O organismo vivo, a biologia, a ecologia e as ciências sociais oferecem a base para a compreensão da realidade organizacional e formam parceria com o raciocínio da engenharia e da física. As dimensões política e cultural e os conceitos de contexto, ambiente, relações, mutualidade, fluxos, fronteiras permeáveis, processos, desenvolvimento e evolução são fundamentais para o entendimento da nova ciência.

2. Interesses, crenças e aspectos subjetivos estão presentes em qualquer processo investigativo. Ou seja, a observação e o conhecimento são contextuais e epistêmicos; ao contrário do que se acreditava que o conhecimento podia ser obtido de forma neutra e isenta de subjetividade.

3. O todo é difícil de ser compreendido em sua complexidade, conexão e abrangência. Por isso, é aceitável o conhecimento aproximado e não exato de algo que possa ser útil dentro de um contexto.

4. O pensamento sistêmico propõe uma mudança na ênfase da mensuração quantitativa dos objetos para uma postura de mapeamento e visualização, dado o pressuposto de que propriedades são dependentes de contextos, relações, formas e padrões, que são difíceis de serem mensurados. É necessária, então, uma postura mais flexível e isso implica numa mudança de quantidade para qualidade.

5. O reconhecimento dos padrões de comportamentos da vida leva ao entendimento de que a evolução depende de um equilíbrio dinâmico entre competição e cooperação. A hipótese dos estudiosos ligados à ecologia é que os sistemas humanos hierárquicos que trabalham sob controle unilateral são insustentáveis, e que a imitação da natureza, na complementaridade de tendências auto-afirmativas e integrativas, torna-se necessária à permanência da condição humana sobre a Terra.

Desta forma, liderança sistêmica significa integrar aspectos subjetivos e objetivos. É considerar a conexão entre os planos do futuro e a estratégia organizacional com os processos, a estrutura, a tecnologia e as tarefas necessárias para os suportarem. Os planos de futuro, por sua vez, frequentemente estão conectados a uma visão ou a um sonho de uma pessoa ou de um grupo de pessoas e, por isso, conta também com os aspectos emocionais e pessoais envolvidos. Além disso, ainda há a cultura organizacional que não pode ser deixada de lado e que funciona como amalgama para as outras esferas. Os interesses, crenças individuais, o comprometimento das pessoas com a sobrevivência das equipes e a dinâmica do relacionamento entre elas é outro tópico de suma importância.

Texto retirado da Internet: Cecília Andrade – Parte II

HR Hunter, Consultoria de Recursos Humanos do Rio de Janeiro, tem como expertise: Recrutamento e Seleção, Treinamento Comportamental, Plano de Cargos e Salários, Pesquisa de Clima e Coaching.