Como realizar um treinamento de sucesso e obter grande participação dos colaboradores.
Como fazer com que os seus colaboradores e clientes ganhem novas competências e fiquem muitos satisfeitos com o treinamento que você ministrou?
Antigamente me surpreendia quando alcançava um índice de satisfação dos treinados por volta de 95%. Atualmente ações educacionais das empresas alcançam marcas superiores a 98% e, inclusive, vários treinamentos chegam a 100% de satisfação. Eu mesmo me surpreendo, pois na maioria das vezes sou mais conservador quanto aos resultados e sempre acho que algo poderia ter sido melhor.
Como obter um índice tão alto de avaliação dos participantes e ainda por cima ter boas notícias quanto ao sucesso de suas carreiras?
Vou apresentar para você leitor algumas dicas de como conquistar êxito nas ações educacionais presenciais e a distância. Elas são válidas se você pretende treinar alguém ou se você coordenará o processo de aprendizado das pessoas que você trabalha.
São ao menos 6 fatores de sucesso:
1) Pesquisa e desenvolvimento: antes de qualquer ação educacional é preciso realizar um diagnóstico apurado a fim de se levantar insumos para customizar o treinamento, tais como experiência dos participantes, maturidade dos mesmos, principal gap a ser vencido, metodologia mais adequada, perfil apropriado de instrutor e situações reais do dia-a-dia das pessoas.
2)Interesse genuíno no aprendizado do colaborador ou aluno: costumo dizer que em alguns esportes o atleta não pode e não deve pensar em agradar a plateia, correndo o risco de perder a prova. Já imaginou se os corredores da prova de 100 metros rasos corressem sorrindo e interagindo com a plateia? Certamente o recorde mundial imposto pelo jamaicano Usain Bolt, que cravou 9s58 jamais seria batido. Contudo, o processo de ministrar treinamentos é diferente. O instrutor deve realizar o seu trabalho 100% focado no estímulo, participação do aluno e se sua aceitação no novo conhecimento a ser adquirido. O professor neste caso assume a posição do treinador e não do atleta.
3) Experiências múltiplas: quando coloco na ponta do lápis o número de alunos que ministrei cursos, treinamentos, palestras ou mesmo coordenei estas ações educacionais, o número ultrapassa 30 mil participantes. Mesmo assim, sempre antes de realizar qualquer treinamento conscientize-se de que o mais importante é ser relevante para a vida destas pessoas e não ficar pensando em colecionar troféus. Não importa a quantidade e sim a qualidade.
4) Cuidado com o excesso de autoconfiança: independentemente da experiência e do número de horas de voo, sempre entre em sala de aula prestando atenção em todos os detalhes e muito preparado para a ação educacional em questão. Já ouviu falar que 70% dos acidentes de carros acontecem no raio de 500 metros da residência dos motoristas? Excesso de autoconfiança não faz bem ao coach.
5)Estude e invista no seu saber: estudar é peça fundamental para criar materiais instrucionais que despertem a curiosidade e a participação do aluno. Estude sobre a realidade deles, sobre métodos novos de aprendizagem, sobre a competência em questão e efetivamente invista em horas de estudo de assuntos que são complementares ao objeto do treinamento.
6) Manter a posição custa caro mas vale a pena: confesso que não foi fácil chegar até aqui. Foram milhares de horas de estudo e tantas outras ministrando treinamentos. Isso não garante a primeira posição a ninguém, pois a velocidade de novas informações é incrível e a qualquer momento você poderá estar desatualizado. Por isso, continuo me especializando e em média leio dois livros mais técnicos por mês. Não é tão fácil como as pessoas imaginam manter a posição conquistada.
Espero que estas dicas sejam uteis para o seu sucesso e nunca se esqueça de que nada se constrói sem conhecimento sólido guiado pelo domínio de métodos estruturados.
Texto escrito por Roberto Madruga