Mercado de engenharia mecânica em ascensão

Luana Souza

Escassez de profissionais pode facilitar remunerações de até R$ 16 mil

“O mercado está a cada ano que passa mais aquecido para a carreira de engenharia mecânica, enquanto ainda faltam profissionais qualificados”. É o alerta que fazem os profissionais gabaritados no mercado e de universidades do Estado. A profissão, que é regulamentada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), esteve durante grande parte dos anos 80 em declínio, quando ainda não havia empregos para o setor, mas com a chegada do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da ascensão das indústrias, estaleiros e do mercado do petróleo, vem ganhando espaço nestes últimos anos.

Dentre as faculdades do Estado, quase todas já possuem a graduação. Os cursos técnicos, que são uma outra forma de entrada no mercado de forma mais rápida e com ganhos garantidos, ainda são poucos. A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) está entre uma das mais conceituadas, de acordo com o que revelam as pesquisas. A duração do curso é de 5 anos, o equivalente a 10 períodos divididos entre as disciplinas básicas como a física, matemática, química, informática, linguagem gráfica e então, as específicas da mecânica, como desenho de máquinas, noções de robótica e muitas outras.
As remunerações variam entre R$ 4 mil para o profissional recém-formado a médias salariais de R$ 10 mil e R$ 16 mil. Para os estagiários, as bolsas-auxílio variam em torno de R$ 1,5 mil. A alta salarial é atribuída à questão da escassez de mão de obra. Os concursos públicos, por sua vez, acontecem em maior evidência para a Petrobras e Furnas, enquanto as privadas como a Vale do Rio Doce e inúmeras indústrias terceirizadas do Comperj já estão de portas abertas.

Quem explica é o professor de engenharia mecânica Carlos Alberto Biolchini, mestre da UFF e professor da Uerj, há 27 anos.

“O engenheiro tem uma gama de variedade para trabalhar. A engenharia como um todo é uma arte de projetar e de criatividade, sendo assim, a ascensão profissional só depende de cada um”, disse.

Projetos lucrativos

O profissional pode atuar em qualquer empresa dos setores industriais, de consultoria, fábricas montadoras, pesquisas e até mesmo com foco na visão empreendedora pelo desenvolvimento de projetos por conta própria, assim como fez o professor Biolchini há alguns anos.

HR Hunter, Consultoria de Recursos Humanos do Rio de Janeiro, tem como expertise: Recrutamento e Seleção, Treinamento Comportamental, Plano de Cargos e Salários, Pesquisa de Clima e Coaching.