Dicas da Consultoria de Recursos Humanos do Rio de Janeiro: O trabalho voluntário tem “peso” no processo de seleção?
Se há alguns anos falar em trabalho voluntário era um tema restrito apenas a algumas instituições religiosas ou comunitárias, hoje esse assunto ganhou uma amplitude abrangente em que cresce em uma velocidade cada vez maior. Isso é facilmente percebido nos anúncios de revistas ou mesmo de comerciais televisivos que enfatizam a preocupação das empresas não apenas com o negócio, mas também com a sociedade.
Para se ter uma ideia de como o campo organizacional passou a dar uma atenção especial às ações voluntárias, levantamento realizado pelo CBVE (Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial) – onde participam empresas como Petrobras, Souza Cruz, Rede Globo, Telefônica, Itaú e Vale – revelou que a valorização do serviço voluntário na seleção de funcionários avançou de 18% em 2007 para 59% em 2010. Mas por que considerar, em um processo seletivo, o fato do candidato realizar alguma ação social? As atividades de voluntariado dizem muito mais sobre o profissional do que muitas pessoas imaginam.
O mercado faz a leitura de que em qualquer área que o trabalho seja doado, ele é bem visto pelo mercado corporativo, pois demonstra uma preocupação do profissional em buscar aperfeiçoamento, independente de remuneração. Além disso, algumas competências comportamentais podem ser desenvolvidas pelas pessoas que dedicam parte do seu tempo para realizar ações cidadãs.
Em um processo seletivo normal a experiência profissional e formação acadêmica são requisitos importantes. Mas as competências comportamentais ganharam espaço nos últimos anos já que as competências comportamentais servem como diferencial para a empresa.
De um modo geral, as companhias buscam profissionais com foco em resultados, clientes e com visão sistêmica. Nesse sentido a comunicação e o trabalho em equipe são essenciais e para isso é necessário dinamismo, agilidade e comprometimento, não só com eles mesmos, mas com a sociedade como um todo. E o equilíbrio de todas estas características que produz um executivo de alto desempenho. O mercado tornou-se muito competitivo e precisa de profissionais que, por mais que façam atividades similares, saibam fazê-las com um diferencial.
No entanto, é preciso que os selecionadores não se sintam “contaminados” pelo fato do candidato fazer uma ação social e o colocar como praticamente com o emprego nas mãos. O que o recrutador precisa analisar é o perfil do candidato, tanto suas experiências profissionais quanto o trabalho que realiza com idosos, por exemplo. Esta atitude do colaborador demonstra corporativismo e preocupação com a sociedade, assim como trabalhos voltados para a educação com crianças ou adultos, refletem a preocupação do voluntário com o desenvolvimento social para o presente e futuro.
Outros diferenciais que podemos observar é a proatividade pois ao realizar um trabalho como voluntário o indivíduo irá conhecer e se adaptar a novas situações que não fazem parte do seu cotidiano. Então quando ele sai do seu espaço de conforto, aprende a conviver com outras pessoas e até mesmo a lidar com aquelas que ele não possui afinidade. E ainda, o candidato mostra que possui princípios éticos e morais demonstrando comprometimento com outras pessoas. O voluntário desenvolve a consciência de que o retorno pelo trabalho realizado não precisa necessariamente ser financeiro. Isso, sem dúvida alguma é um diferencial significativo para as empresas que buscam profissionais com talento e que agreguem valor e além disso, os profissionais tendem a despertar o comportamento social, que passa a ser mais dinâmico, colaborador, consciente, proativo e responsável.
A valorização por esta ação consolidou-se a partir do momento que as empresas passaram a se preocupar com o conceito de sustentabilidade. Para que possam ser bem conceituadas do ponto de vista sócio-ambiental é necessário que o exemplo comece a partir dos seus próprios funcionários e, para isso, eles precisam compreender a ideia e praticá-la. O trabalho voluntário proporciona justamente essa visão ao profissional, que se torna mais maduro para compreender as relações presentes na sociedade.
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